UMA VISÃO BÍBLICA SOBRE AQUECIMENTO GLOBAL


O Aquecimento global é o aumento da temperatura na Terra. Segundo estudos do IPCC, a temperatura média da Terra pode subir entre 1,1ºC e 6,4ºC até 2100, em comparação a 1990. O aumento médio ficará entre 2ºC e 4ºC. As causas desse aquecimento são: o aumento de poluentes, principalmente de gases derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel etc), na atmosfera, causando o famoso "efeito estufa"; e o desmatamento e a destruição de matas e florestas.
As conseqüências do aquecimento são trágicas: aumento do nível dos oceanos por causa do derretimento das calotas polares; crescimento e surgimento de desertos e savanas e a extinção de até 30% das espécies vegetais e animais; aumento das catástrofes climáticas como furacões, tufões e ciclones; uma crescente escassez de água potável, gerando fome e doenças em mais da metade da população mundial.
O que a Bíblia tem a dizer sobre este assunto? Qual é a visão cristã do aquecimento global?
Primeiro, a Bíblia fala que Deus é o criador da Terra e todo o seu ecossistema, isto, é o conjunto formado pela parte inanimada do ambiente (solo, água, atmosfera) e pelos seres vivos que ali habitam. Lemos em Gênesis que todo o ecossistema foi criado por Deus, para o benefício do homem (Gn 2.8-25). Tudo que Deus fez foi "muito bom", e Ele é o preservador da natureza. O Salmista Davi declara: Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas águas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças (Sl 104.10-13). Leia: Jó 28.20-28; 37.1-24; Sl 74.12-23.
Segundo, o homem é responsável pela destruição da natureza. As causas do aquecimento global estão relacionadas com a ganância e a luxúria das sociedades consumistas. Governantes irresponsáveis, empresários gananciosos e cidadãos alienados destroem o seu próprio habitat. No projeto de Deus, o homem tem a incumbência de cuidar da natureza e de preservar todo ecossistema. O homem foi criado para dominar todas as coisas criadas e delas usufruí-las (Gn 1.26). Somos mordomos da criação (Sl 8).
Claro que há uma relação espiritual que explica a destruição da natureza pelo homem: o seu afastamento de Deus. O homem longe de Deus comete dois pecados extremos: adora a criação em lugar do Criador (Rm 1.25) e destrói a criação divina.
Terceiro, Deus usa as catástrofes naturais como uma forma de juízo. A desobediência humana a Deus ou o pecado causou a degradação da Terra, inicialmente com a queda (Gênesis 3) e depois com o dilúvio (Gênesis 6-8). Encontramos Deus enviando as pragas no Egito (águas tornando-se em sangue Êx 7.19-21; chuva de granizo Êx 9.22-26), como forma de punição àquele povo.
Deus é Soberano e nada acontece na História e no Universo sem a sua permissão. A Bíblia fala que antes da Segunda Vinda de Jesus Cristo, haverá um aumento de catástrofes na natureza. Jesus disse: "haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu... Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados" (Lucas 21.11,25-26) . O Apocalipse relaciona essas catástrofes com o fim do mundo, o juízo final de Deus sobre a terra: as trombetas de Deus (Ap 8-11).
Concluindo, enquanto o Senhor não voltar, devemos praticar a nossa mordomia. O cristão deve lutar e colaborar para reverter o aquecimento global. No plano divino da redenção a natureza está incluída: A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. (Rm 8.19-23).

Rev. Arival Dias Casimiro
IP de Pinheiros/SP

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